Sarah Burton Revoluciona a Givenchy Inverno 2025 com sua Estreia na Direção Criativa
A aguardada estreia de Sarah Burton na Givenchy aconteceu nesta sexta-feira (07.03), durante o quinto dia da Paris Fashion Week, consolidando uma nova era para a maison francesa. A estilista, que passou 27 anos na Alexander McQueen, inicia um novo capítulo, trazendo sua assinatura estética e expertise artesanal para uma das marcas mais icônicas da moda.
Sarah Burton na Givenchy Inverno 2025: Uma Nova Visão para a Maison
O histórico de Sarah Burton na Alexander McQueen foi desafiador. Após a morte de Lee McQueen, em 2010, ela teve a missão de manter a identidade ousada do criador. Agora, na Givenchy, a estilista encontra um espaço para expressar sua criatividade com mais liberdade, sem a sombra de um fundador tão marcante. A maison francesa, que nos últimos anos teve mudanças no comando, busca agora consolidar uma nova identidade visual sob a direção de Sarah.
Inspiração Histórica: Redescobrindo a Essência de Hubert de Givenchy
O desfile não apenas marcou a estreia de Sarah Burton, mas também trouxe uma conexão com o passado da marca. No início de 2024, um fato inesperado ocorreu: o antigo edifício que abrigava o ateliê da Givenchy nos anos 1950 revelou um tesouro escondido. Durante uma reforma, foram encontrados sacos contendo desenhos, moldes e tecidos da primeira coleção de alta-costura de Hubert de Givenchy, datada de 1952.
Esse achado inspirou o cenário do desfile, que recriou um ambiente de ateliê com pacotes de papel pardo espalhados e uma iluminação natural, evocando um sentimento de respeito e renovação.
A Estética de Sarah Burton para Givenchy Inverno 2025
A nova coleção de Sarah Burton para a Givenchy se baseia na intersecção entre forma e artesanato. Em suas palavras, divulgadas nas redes sociais da marca: “É o meu instinto natural retomar o corte e o artesanato. Estou interessada na intersecção entre a forma e a criação dentro do ateliê.”
A coleção é marcada por silhuetas inovadoras, que mesclam elementos femininos e masculinos. Entre os destaques estão:
- Primeiro look: Um macacão vazado com a estampa “Givenchy Paris 1952″, usado sobre sutiã e hot pants, acompanhado por botas de couro de salto alto.
- Bodies estruturados: Com volumes ousados nos ombros e pescoço, apostando em um tom sexy e fetichista.
- Alfaiataria reinventada: Inspirada nos anos 1980, com mangas e calças ovaladas, redefinindo o power dressing.
- Casacos transformados em vestidos: Alguns com a frente invertida para as costas, criando um visual inovador.
- Elementos de haute couture: Saias de tafetá bordadas, vestidos de renda e capas volumosas que remetem à musa de Givenchy, Audrey Hepburn.
Referências ao Passado e Sinais de Inclusão
Elementos de sua última coleção na Alexander McQueen também aparecem na Givenchy, como jaquetas em modelos de couro com pegada punk e casacos sem costuras. Os detalhes de alta-costura também ganham destaque, reforçando a tradição artesanal da maison.
Outro ponto notável foi a diversidade na passarela. Diferentemente de outras temporadas, a coleção apresentou modelos de diferentes idades e biotipos. Na plateia, a presença da cantora Yseult e da atriz Gwendoline Christie indicou um esforço da estilista em valorizar a pluralidade feminina.
O Futuro da Givenchy com Sarah Burton
A estreia de Sarah Burton na Givenchy sinaliza uma nova fase para a marca. Sua abordagem respeita o legado de Hubert de Givenchy, ao mesmo tempo em que introduz elementos contemporâneos e inovadores. A expectativa agora é ver como a estilista irá evoluir a identidade da maison nas próximas coleções.
Givenchy inverno 2025 – Paris Fashion Week




