Calvin Klein Verão 2026: Veronica Leoni mistura intimidade, sensualidade e minimalismo em desfile marcante na NYFW
O desfile da Calvin Klein Verão 2026, realizado na Brant Foundation em Nova York, marcou a segunda apresentação de Veronica Leoni como diretora criativa da marca. Após uma estreia focada em alfaiataria minimalista no Inverno 2025, a estilista italiana agora revisita os pilares da etiqueta americana com uma proposta mais ousada: explorar o equilíbrio entre intimidade e exposição, redefinindo o conceito de sensualidade na moda contemporânea.
A coleção trouxe para a passarela uma narrativa que combina desejo, poder e consciência estética, reafirmando o peso cultural da Calvin Klein no calendário da New York Fashion Week (NYFW).
Veronica Leoni e a nova fase da Calvin Klein
Com passagens por Jil Sander e Phoebe Philo, Leoni traz para a grife uma visão de elegância discreta, aliada a uma estética funcional e sofisticada. No entanto, em sua segunda coleção, a estilista deixa claro que não pretende abandonar a herança sensual da marca que se tornou ícone da cultura pop global.
O Calvin Klein Verão 2026 buscou traduzir o conceito de intimidade como algo exposto com sutileza. A ideia se materializou em peças que revelam partes estratégicas do corpo sem apelar para o óbvio, destacando decotes quadrados, costas nuas e silhuetas curtas, mas sempre alinhadas à sofisticação.
A coleção: sensualidade reinventada
O desfile abriu com um look composto por alcinha e minissaia, seguido por um vestido casaco em que o sutiã aparecia discretamente. O underwear, sempre central no DNA da marca, foi reinterpretado em diferentes propostas:
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Looks pijamas, com shorts de seda curtos e casacos que lembram roupões.
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Ceroulas estilizadas, combinadas com blusas drapeadas.
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Efeitos de amassado, criando a sensação de lençóis pós-noite.
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Óculos com elástico de cueca e vestidos construídos a partir dessas mesmas faixas, elementos que brincam com o estilo urbano e viralizável.
Essas referências resgataram códigos clássicos da moda estadunidense, como a camiseta branca, o jeans uniforme e a camisa de bolsos duplos, todos reinterpretados sob a ótica da contemporaneidade.
Alfaiataria em foco
Se no Inverno 2025 a alfaiataria minimalista foi o ponto central, no Calvin Klein Verão 2026 ela retorna em versão atualizada. Ombros estruturados, calças retas, saias midi e bermudas até os joelhos conferiram sobriedade à coleção, sem perder a sofisticação.
A escolha de proporções mais rígidas e cortes limpos trouxe uma reflexão: ser sexy não significa necessariamente mostrar o corpo em excesso. Leoni demonstrou que sensualidade pode estar também no conforto, na segurança e na autoconfiança de quem veste a peça.
O underwear como protagonista
Desde sua fundação, a Calvin Klein sempre foi referência quando o assunto é moda íntima. Em 2026, Veronica Leoni atualiza esse pilar de forma inventiva, resgatando códigos históricos e conectando-os ao presente digital.
Os elementos de underwear no desfile não foram apenas roupas íntimas expostas, mas representações conceituais de intimidade e cotidiano. Essa abordagem transformou peças simples em ícones de estilo, mantendo o espírito provocador da marca.
Paleta de cores e materiais
A coleção explorou tons clássicos e sofisticados: branco, preto e bege dominaram a passarela, com inserções ocasionais de cores vibrantes. Tecidos acetinados, linho, algodão estruturado e seda deram textura às peças, equilibrando casualidade e sofisticação.
Os modelos em sobreposições e camadas discretas reforçaram a ideia de intimidade revelada, sem perder o impacto visual que sempre caracterizou a Calvin Klein.
O papel da Calvin Klein na cultura pop
O Calvin Klein Verão 2026 reforça a relevância da marca não apenas na moda, mas também na cultura pop. A grife sempre foi sinônimo de sensualidade, liberdade e quebra de padrões. Agora, sob o comando de Veronica Leoni, a proposta é ressignificar esses valores, mantendo a essência provocativa enquanto se adapta às transformações sociais e culturais.
O desfile Calvin Klein Verão 2026 foi uma declaração de intenções: sensualidade não precisa ser explícita, mas sim reinterpretada com elegância e inteligência. Veronica Leoni apresentou uma coleção que une tradição e inovação, reafirmando a força da marca no cenário internacional.
Ao transformar o underwear, atualizar a alfaiataria e explorar proporções ousadas, a estilista mostrou que a Calvin Klein segue como um dos nomes mais relevantes da NYFW, capaz de influenciar tendências e provocar debates sobre o que significa ser sexy na moda atual.
Fotos: Divulgação