Muitas vezes, ao longo da jornada de cuidados com a pele, nos deparamos com a sensação de que um produto que costumava funcionar bem já não apresenta os mesmos resultados. Surge então a dúvida: será que a pele se “acostuma” aos cosméticos? Para desvendar esse mito, buscamos a opinião da Dra. Letycia Lopes, dermatologista.
De acordo com a Dra. Letycia, esse é apenas mais um equívoco sobre o tema. Mesmo que a pele pareça “acostumada” com determinados produtos, ela continua se beneficiando de seus ingredientes. Muitas vezes, ela conquista uma qualidade melhor e, com isso, o efeito do produto já não é tão evidente quanto no início”, esclarece a médica.
Ela exemplifica essa situação com o uso de clareadores. No início do tratamento, é comum observar uma ação mais intensa, especialmente se a pele apresentava muitas manchas. Com o tempo, à medida que as manchas diminuem, o processo de clareamento se torna mais lento, pois há menos áreas a serem tratadas.
Quanto à frequência de troca de cosméticos, a Dra. Letycia recomenda uma abordagem mais cautelosa. Em vez de buscar novos produtos por conta própria, é fundamental consultar um dermatologista para uma avaliação a cada três meses. Essa prática permite ajustar o tratamento conforme as necessidades da pele, evitando mudanças desnecessárias que possam comprometer os resultados.
A especialista destaca ainda a importância de escolher os produtos corretos para cada tipo de pele e necessidade específica. Tônicos faciais, água micelar e água termal são exemplos de produtos que podem complementar a rotina de cuidados, cada um com suas características e benefícios.
Portanto, a pele não se “acostuma” aos cosméticos, mas sim continua a se beneficiar de seus ingredientes ao longo do tempo. Consultar um dermatologista regularmente e escolher os produtos adequados são passos essenciais para manter a saúde e a beleza da pele a longo prazo.